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No sábado (29), o Teatro de Arena sediou o Festival de Expressão Corporal (FEC), em mais um evento comemorativo aos 250 anos de Mogi Mirim. Na ocasião, a parceria realizada com a Etec Pedro Ferreira Alves resultou na programação de mais de 18 coreografias para o público estimado em 5 mil pessoas.

A iniciativa foi planejada ainda em 2009, tendo por objetivo o acesso da população nas atividades culturais. No começo, o projeto estabeleceu uma rede de comunicação entre a escola e a comunidade, quando os alunos, na época, denominaram a ação como “Dança da Amanda”, alusivo ao nome da professora de educação física. Ela passou a trabalhar valências ecléticas e fundamentais ao desenvolvimento humano como o condicionamento físico geral, a capacidade cardiorrespiratória , o equilíbrio a destreza e coordenação no decorrer das atividades físicas.

A primeira etapa consistiu na avaliação da linguagem corporal, ou seja, uma prova prática onde foi analisada a competência e habilidade do aluno em formação.

Atualmente, a avaliação prossegue, porém oficialmente como FEC. O evento faz parte do calendário oficial da Etec Pedro Ferreira Alves, e ao obter o reconhecimento da Prefeitura de Mogi Mirim foi inserido no Calendário Cultural, chancelado por lei aprovada pela Câmara Municipal.

Programação

Na oportunidade, os alunos dos 1º anos do ensino médio fizeram coreografias referentes ao universo do sincronismo, enquanto os estudantes dos 2° e 3°, divididos por classes, apresentaram tema livre e Anos 90, respectivamente. Cada apresentação teve por proposta o uso da dança omo pedagogia alternativa para jovens e ajudar, assim, toda a inclusão social.

“Na atualidade nota-se que, intencionalmente ou não, a dança coopera para a formação de novos artistas e consolida um compromisso entre os alunos que optam por essa linguagem como modo de inserção no mundo. Paralelamente, há o estabelecimento de parcerias essenciais à formação profissional, bem como o fortalecimento de novas organizações e agrupamentos culturais”, explicou a idealizadora e organizadora do FEC, Amanda Blessa.

“Vivemos em uma sociedade que contribui para a formação fragmentada das pessoas, as quais se especializam em determinadas atividades e em apenas um tipo de raciocínio. Por consequência há o hipertrofiamento de algumas funções cerebrais e partes do corpo em detrimento de outras. São pessoas condicionadas pelo bombardeio diário de informações provenientes dos meios de comunicação e da cultura de massa, pois a elas são impostas modelos prontos, que por fim, influenciam diretamente na capacidade de percepção e atuação na sociedade”, complementou.

Para o diretor da unidade ensino, André dos Santos, a educação está além dos portões, cadernos e livros. “É para a vida. Os alunos hoje podem não ter consciência, mas no futuro saberão que muitos de seus medos emocionais se desfizeram na noite da apresentação. Por intermédio da prática da dança houve uma forma de resgatar e ampliar a percepção dos alunos através da consciência corporal, buscando favorecer a integração do corpo, mente e emoções. Tudo por meio do contato com essa manifestação artística”, descreveu André.

Objetivos do FEC

- Levar a cultura da dança e sincronismo para a escola;

- Criar condições para que a linguagem da dança possa, no ambiente escolar, ser vivenciada como fator de desenvolvimento e de ampliação da consciência corporal;

- Envolver a compreensão política dos direitos individuais enquanto cidadãos ao gerar a conscientização dos indivíduos, seja pela interpretação dos próprios interesses e da própria pessoa, seja como meio de socialização e de atividade coletiva;

- A aprendizagem e o exercício das práticas que permitem aos alunos se organizarem com objetivos comunitários direcionados a resolver problemas do cotidiano coletivo.

- Através da dança é possível encontrar valores e desenvolver capacidades ligadas à prática específica, dentre as quais: superar os próprios limites, melhorar a autoestima, a mútua confiança, a atenção pelos outros e pela segurança, o autocontrole e a disciplina;

- Entre os valores reconhecidos pelo projeto existe a perspectivas de privilegiar as linguagens artísticas, em prevalência à dança, e contribuir na ação educacional de integração, propiciando o exercício da cidadania e o intercâmbio cultural;

- Levar a alegria da dança, a lugares em que nenhuma outra forma de expressão artística chegue.

Fotos: divulgação