Em Mogi Mirim, o combate à violência contra a mulher tem sido uma das prioridades do setor de segurança municipal. A atuação contra essa questão ganhou um enfoque especial nas últimas semanas, com o lançamento da campanha #UnidasNaQuarentena, ação integrada desenvolvida pela Prefeitura, em conjunto com as secretarias de Saúde, Segurança Pública e Relações Institucionais, voltada à conscientização da população sobre o problema e à defesa dos direitos femininos.

Nessa luta, Mogi Mirim conta com um instrumento fundamental na área jurídica: a Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), instituição vinculada à Polícia Civil, responsável por atendimento especializado a mulheres vítimas de violência física, moral e sexual. A unidade local é comandada pela delegada Raquel Casali, que destaca a importância de ações voltadas ao enfrentamento de crimes de gênero.

Para Raquel, a campanha é de extrema importância, especialmente pelo isolamento social vivenciado. Segundo as estatísticas da unidade, as denúncias de violência contra a mulher na cidade aumentaram em 20 % durante a quarentena, em comparação com o mesmo período de 2019.

Diante de tal situação, a delegada frisou a questão comportamental das mulheres diante de casos de sofrimento de abuso ou agressões. “Sabemos que há questões por trás do receio em denunciar o agressor, como relações financeiras envolvidas, mas é importante que a vítima seja forte e saiba que encontrará segurança jurídica na DDM”, destacou Raquel.

As ações da campanha #UnidasNaQuarentena seguem, dando atenção ao tema através de publicações nas mídias oficiais do município, bem como com o fortalecimento dos canais jurídicos de denúncia e do atendimento psicológico especializado às vítimas de violência, oferecido pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e pelo Centro de Especialidades Médicas.

DDM

Com acesso ao público pela rua João Teodoro, no espaço da Delegacia Central de Polícia, a DDM conta com novo prédio próprio para a execução de seus trabalhos, garantindo mais eficiência e autonomia às suas atividades.

Além das ações institucionais e de rotina, o órgão desenvolve programas específicos voltados à assistência de mulheres vítimas de violência. Em parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM), o projeto “Maria Protetora” acompanha e monitora através de mecanismos virtuais, 24 horas por dia, mulheres com medidas protetivas.

Canais de denúncia

Ainda no campo digital, Raquel lembrou do dispositivo de denúncias pela delegacia eletrônica (delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br), portal online da Polícia Civil apto ao registro de ocorrências. No site, inclusive, é disponibilizado um guia explicativo sobre a maneira de efetuar a denúncia em casos de violência à mulher. “Quem não conseguir vir até a sede da DDM, pode procurar os serviços digitais de denúncia, que nós teremos ciência do ocorrido e tomaremos as medidas devidas”, complementou Raquel.

Denúncias também podem ser feitas por ligações telefônicas, através do Disque 100 (instrumento do Governo Federal) e/ou Disque 181 (instrumento de denúncias da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). No entanto, nas ações publicitárias da campanha #UnidasNaQuarentena, são ressaltados os telefones da própria DDM (3806-2945) e da GCM (3806-3193) como canais de denúncia.